quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A culpa não foi da "Moma"...







Barra de São Miguel - Inesquecível!



Atendendo ao pedido de minha professora, vou disponibilizar o manual de boas práticas de uma peixaria. Mas antes preciso alertar a todos os meus amigos Soteropolitanos que depois de adquirido esse conhecimento nunca mais poderemos comprar peixes do Tio da Saveiro na porta da casa de Barra de São Miguel.

Eu sei que vocês vão dizer: - Que nada!! O peixe estava uma delícia...

Isso eu não posso negar. Fizemos um churrasco de Robalo sensacional. Mas, se pararmos para pensar talvez não tenha sido a “Moma” a culpada pelo “desarranjo” generalizado que atacou todos da turma em férias (menos os Vickings com anjo da guarda, é claro). Talvez, aqueles bonitos peixes acondicionados na caçamba da Varejeira – não, não quer dizer Saveiro – sejam os verdadeiros vilões.

Não posso deixar de lembrar que meu amado marido ficou um tanto assustado com as condições da peixaria “voadora”, mas todos nós achamos que era frescura de filho único que só come peito de frango bem passado. No final, ele também não resistiu ao peixe dourado da grelha e lambeu até os espinhos. Coitado!! Acabou vitimado, e ficou dias na água de coco junto com os demais.

Para facilitar a visualização dos leitores que não fazem idéia do que eu estou falando, vou fazer um breve resumo de como era a simpática peixaria ambulante em que compramos um Robalo inteiro a R$14 o quilo. Isso aconteceu na porta da casa que alugamos em Barra de São Miguel em Maceió durante as férias de veraneio de 2006.

Imaginem uma Volkswagen Saveiro vermelha parada na frente de uma casa de praia, debaixo de um sol de 34°C. Imaginem a caçamba aberta e nela um grande isopor sem tampa cheio de gelo e sobre ele peixes inteiros. Até aí nada de mais não é mesmo??? Agora imaginem moscas. Mais moscas. Muito mais moscas do que isso. Mosca suficiente para levantar a Saveiro inteira...




Para melhorar ainda a história alguém perguntou: - E essas moscas??
E o simpático Tio respondeu – Elas não me deixam...

Pois é. Felizmente ou infelizmente eu optei por adquirir conhecimentos do setor de alimentação e suas boas práticas e sendo assim não conseguirei mais consumir algo comprado nessas condições.

Como essa foi a minha escolha e não a de vocês necessariamente, vou deixar o link da apresentação com todas as informações das condições corretas de uma peixaria. A decisão de aprender será de vocês.




http://rapidshare.com/files/144494159/PROJETO_Pescados.ppt.html

Vale lembrar que as boas práticas descritas no documento referem-se especificamente às peixarias, mas é claro que podemos estender a maior parte delas para qualquer tipo de estabelecimento. Então, depois de ler o documento a compra de BODE no ambulante aos domingos também estará comprometida.

5 comentários:

GIAN PISA disse...

Foi uma das piores cenas da minha vida. Aquela varejeira sobre rodas, trazendo peixes "maravilhosos" e praticamente de graça, comparando-se aos preços de São Paulo.
Pois bem, os guerreiros decidiram comprar "trocentos" quilos de peixes e afins.
Não deu outra...trono na galera!
E quando a Tammy descreve a quantidade de moscas, multipliquem, elevem ao cubo e imaginem...mas valeu a pena!
Tammy, coloque a receita do dia seguinte:
- arroz
- batatas cozidas
- soro fisiológico
- água de côco
- limonada com maisena

Anônimo disse...

1- Saveiro, Veraneio, Varejeira, isso é tudo a mesma coisa...

2- Podemos exigir que seja instalado um ventilador de 2m de diâmetro no teto da Saveiro, apontado para a carroceria; dessa forma solucionamos o problema.

3- Por que não citaram as ostras que vinham navegando na jangada, dentro de um "suado" saco plástico, que daí eram encaminhadas, diretamente às nossas vorazes boquinhas ?

WACN disse...

Tem um detalhe nesta estória toda que foi interessante. Estávamos eu, Gian e Guiga à beira da saveiro, apreciando aqueles robalos - mais eles que as varejeiras, em verdade - quando o tio anuncia o preço de 15 reais o quilo do peixe. De pronto protestei: "Tá caro, comprei de 14 ontem na esquina!" Depois de pechinchar muito e conseguir 1 real de abatimento, notei que estava sozinho... e fui chamar o Gian pra ajudar a decidir afinal quantos quilos iríamos levar, se compraríamos também ostras, camarões etc, um tanto indignado pelo desinteresse dos demais no que seria a matéria prima do almoço do dia. Eis que sou recebido com a seguinte pérola do Zorêia: "Tá louco cara! Quando o cara anunciou o preço e vc disse que tava caro eu pulei fora. Quase peço uma dúzia! Isso aí em SP vc não acha a menos de 30!!! Ali não era o meu lugar!"
Foi mais ou menos com estas palavras que o amigo reconheceu humildemente que não estava apto a negociar com o tio varejeiro.
Este veraneio merecia um Diário. Acabei de me lembrar de outras situações ilárias...ficarão pra outro dia.

Anônimo disse...

Filho único, filé de frango bem passado, criado até os 18 anos dentro da gaveta de meias da avó....?!?!?
Com certeza não foi o peixe... só o cheiro do mar já ia deixar o coitado desarranjado!!!

Abçs,

P.S.: Dove sono le ricette, cazzo??

Unknown disse...

Vejamos pelo lado bom... Se nao fosse o peixe, nao teria ido parar no hospital depois de DIASSSS de rainha e, consequentemente, nao teria descoberto minha querida pedra na vesícula... Se nao tivesse descorto minha pedra tao cedo, poderia ter tido sérias complicacoes... Enfim, O PEIXE SALVOU MINHA VIDA!!!!! Coitada da Moma...